Quem sou eu

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Pisciana de 25 anos, jornalista por formação, psicóloga entre amigos, sãojoanense de nascimento, juiz-forana de alma e montes-clarense por acidente. É atraída por desafios e, por mais que a vida insista em querer provar o contrário, nunca deixou de acreditar que o amor existe.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Escolha a forma que você quer enxergar a vida

Uma cidade é feita de contrastes. Muros pichados ao lado de edifícios que têm mais de um século, moradores de rua deitados na calçada bem ao lado de um restaurante luxuoso, tribos urbanas que vão desde os meninos vestidos de preto que bebem vodka e tocam violão na praça, à menina da periferia que exibe o corpo em roupas minúsculas e divide o seu som  do celular com os passantes. Um diferente do outro, perspectivas diferentes de vida. Cada um vive do jeito que dá, sobrevive do jeito que pode. De um lado, aquele que aumenta a segurança da casa por causa da insegurança que vem de fora. Do outro, aquele que é esquecido pelas autoridades e julgado pela condição econômica, pela pouca  instrução e passa a ser visto como problema social.

 É uma questão de oportunidade ou da falta de. Aquele que se fechou para o mundo por causa de uma tentativa de assalto e o outro que carrega o sorriso amarelado pela dor de ter perdido um filho para o tráfico. Realidades que por mais distintas que possam parecer, narram a mesma história por pontos de vistas diferentes. Não é o dinheiro que lhe trará a felicidade. Mas, a falta dele pode fazer com que você seja menos feliz do que poderia ser.

A regra para ser feliz ou, tentar ser, é lutar e lutar. Não há caminho mais fácil e se você optar pelo atalho, pode acabar se perdendo durante o trajeto. Pode ser que a parada final não seja tão compensadora quanto se imaginava. Pode ser que ela surpreenda as suas expectativas, ou não. As possibilidades são muitas, mas, a verdade só aparece para quem se arrisca. Viver é um exercício de coragem.

Talvez, o grande segredo para continuar vivendo seja a fé. É a necessidade de acreditar em dias melhores que nos faz colocar a cabeça no travesseiro e esperar que o outro dia chegue e traga de volta a tranquilidade. Ninguém disse que a vida seria fácil. Mas, se você está vivo, indica que você é forte o suficiente para sobreviver a esse tempo do agora. E se você não for forte, vai aprender a ser.

Nesse "mar de gente", eu sou mais uma que nada contra a maré e deixo a correnteza me levar em outros momentos. Pode ser que haja tropeços, pode ser que em algum momento eu não consiga encostar os pés no chão. Encontro redemoinhos entre uma braçada e outra, mas continuo buscando a terra firme. É o sonho que impulsiona as minhas braçadas, é o sorriso que disfarça as minhas dores.                 
                                                                                                                                 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

E se a vida fosse um filme?

Talvez o grande erro de qualquer homem seja apostar alto demais nas expectativas.  Basta uma palavra, um sorriso, uma vontade reprimida, que logo vem a expectativa que atropela as ações, os gestos e acidenta os nossos sentimentos diante da frustração. Talvez fosse mais fácil acreditar que tudo o que acontece tem um propósito maior mais a frente, que o destino é o responsável pelo rumo das nossas vidas e que cabe a nós, meros espectadores dessa história já traçada, observarmos o seu desfecho e aplaudirmos o final, ou chorarmos a morte da protagonista.

Mas, ao contrário dos filmes românticos que sofrem poucas alterações durante a execução, a vida se apresenta muitas vezes em uma narrativa experimental. Sem lógica, sem nexo, as ações acontecem sem poderem ser premeditadas. Nesse enredo inconstante, não há reprise no "Vale a pena ver de novo", nem na "Sessão da tarde", não há também classificações de idade ou duração de tempo previamente estabelecida. 

Somos os mocinhos de algumas situações, os vilões para outros protagonistas. Não vivemos  um enredo que tem apenas um núcleo central, a partir do qual as outras histórias acontecem. Vivemos em um enredo, em que cada um é o protagonista da própria história. E nós, tanto espectadores, quanto atores da cena que está indo ao ar, não precisamos esperar o último capítulo para aprendermos novas lições. Nossa narrativa vai além do "The End".

A cada dia ou a cada cena, como preferir, somos colocados de frente com perdas, encontros e desencontros. Buscamos o "Happy End" a cada conquista, a cada projeto. Acreditamos que nada pode nos fazer desistir, mas nos revoltamos com a vida e com o elenco, quando percebemos que o diretor fez alterações no nosso capítulo. Muitas vezes, personagens importantes para nós, são trocados de núcleo ou cortados de cena sem que tenhamos o direito de um abraço de despedida e somos obrigados a terminar o espetáculo sozinhos. E vai ser sempre assim, teremos novos companheiros, outras despedidas, motivos para sorrir e chorar. Até um dia, o diretor perceber que não temos mais talento para assumir esse papel e achar um "The End" para a nossa história. Digo para a nossa, porque essa narrativa não tem fim nunca.

*Este texto foi feito para o Jornal "Mundo Urbano". 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Algumas linhas escritas


Desde pequena, o lápis e o  bloquinho de anotações me faziam companhia. Nessa época, eu não era muito de falar, mas já fantasiava o que ouvia e transformava isso tudo em poesia. Muitas rimas, muitas histórias, sentimentos que eu ainda desconhecia, mas que ainda assim,  falava sobre eles.

A vontade de escrever cresceu junto comigo. As poesias cheias de ternura e inocência tornaram-se crônicas da vida real, histórias que por mais fantasiosas que possam parecer, levam um pouco da minha vivência, da minha observação sobre o outro e da minha crença nesse mundo desacreditado.

Às vezes, é necessário engolir a dor e transformá-la em palavras. E quando a alegria finalmente chega,  ela ultrapassa os limites dos gestos, do olhar,  da fala e também se traduz em palavras escritas. Um pedaço de papel contendo rabiscos, pode conter sentimentos também. Pode encantar e contar histórias.

Pensar em palavras escritas, é pensar em interpretações múltiplas daquilo que não tem o auxílio da expressão e nem da entonação que pode ser dada em determinados momentos. Escrever é desvendar um mundo de sentidos através da combinação de palavras. E elas, não precisam ser difíceis, nem se originar de outro idioma, mas precisam transmitir o entendimento por meio da simplicidade. Que sejam simples, mas que sejam sinceras.


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Promessas que nunca deixam de ser promessas

Algumas promessas  nasceram para não serem cumpridas, não tem jeito.  É sempre a mesma história: você prometeu que não ia se iludir mais com planos a longo prazo, desde aquele jantar que não aconteceu. Mas, bastou um sorriso, uma fala pausada ao seu ouvido e um carinho no seu cabelo para você acreditar que ele te daria o mundo se você quisesse.

A expectativa voltou e quando você percebe, já marcou salão para arrumar o cabelo e as unhas, guardou a frustração em uma caixinha, subiu em um salto(o maior que tem) para ver se junto com a estatura a estima também se eleva. Com a maquiagem, tentou disfarçar os olhos inchados e vermelhos das lágrimas já derramadas. Vestiu aquela segurança que já tinha se perdido dentro do armário e foi ser feliz(ou pelo menos, tentar).

Em seguida, a decepção: nem flores, nem surpresa, nem o mundo que você desejou. Fica para a semana que vem, para uma outra oportunidade, porque hoje mais uma vez não deu. E mesmo com o coração despedaçado, a voz embargada pelo choro guardado só consegue dizer "tudo bem".  Não está nada bem, mas você já se acostumou com essas promessas que nunca se realizam.

Nunca teve aquele brinquedo que a sua  mãe disse que te daria no Natal de 1996, nunca viu a obra que o seu candidato disse que ia fazer no último ano, não conseguiu cumprir as promessas que fez para você mesma na última vez que se machucou. A promessa de não se iludir mais com o que prometeram para você se tornou uma dessas promessas que nunca vão deixar de ser promessas. E talvez, o erro não esteja na promessa em si, mas na expectativa que você cria sobre o que sabe que não vai ser de verdade.


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Mais um café

Um café, a luz apagada e um pouco de música. O sono não vem, mas os pensamentos sim, trazendo os meus medos e as lembranças do que poderia ter sido e não foi. Com a cabeça longe e os dedos sobre o teclado, começo a esboçar o que pode vir a se tornar um texto. Erro uma palavra, volto atrás, a reescrevo. Se não encontro uma sonoridade agradável, recorro a um sinônimo.

Entre uma vírgula e mais um gole, desejo em silêncio,  que a vida tenha a opção "desfazer". Desejo poder voltar atrás e fazer diferente. Mas,  a vontade vai embora diante da impossibilidade. Ainda tenho uma folha em branco na minha frente, meia xícara de café e um mundo de incertezas.

Volto a escrever sobre o que vejo, volto a sentir o que escrevo. Ou será que escrevo o que sinto? As lembranças corriqueiras do momento em que se espera o ônibus, a exaustão dos gestos repetidos, a inspiração em estado latente.

Mais um gole. A substância preta que me mantém acesa, já esfriou; assim como a madrugada que me faz companhia.O gosto viciante ficou amargo. Talvez as minhas amarguras tenham passado para aquela tímida xícara, vai saber? Às vezes fui eu que fiquei quente e de mais fácil apreciação para esse mundo que me tira o sono.





terça-feira, 14 de agosto de 2012

O que um relacionamento pode ensinar

Um dia você vai entender que o companheirismo é mais importante em uma relação do que o dizer que ama. Que brincar de lutinha com direito a risadas e hematomas acidentais pode ser mais prazeroso do que apenas caminhar de mãos dadas. Vai aprender que por mais que a relação seja quente, isso não vai durar para sempre. Se faltar o fogo, que sobre lealdade, e que no companheirismo, vocês tenham um ao outro para manter a temperatura.

O princípio de um relacionamento saudável é a amizade, mas até descobrir isso, você pode quebrar a cara algumas vezes. O intenso logo se perde na falta de sinceridade. Querer ser um só e mentir, é enganar a si mesmo; quem gosta confia e se faz confiável.

O ciúme que mantém a chama acesa, pode também devastar tudo o que foi construído. Entender que ele já vivia antes de conhecer é fundamental para poder aceitar o seu passado. Você já sofreu por outro alguém e ele tem esse mesmo direito. Quando o passado morre, o que importa é o presente. E nesse tempo do agora, não adianta se desesperar com as incertezas do que ainda está por vir.
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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Além do desconhecido

Há momentos em que tudo se transforma diante dos nossos olhos, com uma rapidez capaz de nos deixar tontos e desnorteados. É como se por instantes, tivéssemos voltado à infância e de mãos dadas com um amigo rodado por horas e horas. Quando finalmente ele nos solta, trocamos as pernas e não conseguimos mais andar em linha reta, por mais curto que seja o caminho a ser percorrido.

O medo de cair, a falta de controle sobre o próprio corpo, os passos cuidadosos para não nos machucarmos, o ambiente que gira a nossa volta, enquanto estamos estagnados no mesmo ponto com medo de fraquejar.  Mas, ao contrário do que se pensa, é na queda que nos tornamos fortes. Aquele buraco do jardim, não vai te derrubar mais, você já sabe onde fica e aprendeu na dor a desviar dele. Pode ser, que o aprendizado fique marcado na pele, por meio de um roxo ou daquele esfolado no joelho.

Quem não arrisca, não se aventura, não busca o próprio entendimento, se limita às experiências do outro. É preciso encontrar razões além do que se conhece.O principal adversário nessa maratona é o nosso próprio medo, é ele que poda as nossas asas quando queremos voar ou nos tira o chão, quando queremos apenas continuar de pé.




quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Parada final

O céu cinza, o dia frio e o caração repleto de incertezas. São em dias como esses que ficamos mais introspectivos, pensamos mais no que estamos fazendo da nossa vida e não no quanto cairia bem uma cerveja gelada e uma boa conversa com os amigos no final da tarde de sol. Um fone de ouvido tocando sabe-se lá qual música, um olhar perdido pela janela do ônibus e um conflito interno procurando solução. A pessoa sentada ao lado, torna-se parte da paisagem urbana.

Você não quer falar sobre a frente fria que chegou ou sobre nenhum outro assunto sem propósito que surge entre pessoas que não se conhecem; quer na verdade, aproveitar as nuvens lá de fora para achar o sol dentro de si mesmo. Antes de implorar o entendimento do mundo, é necessário se entender. E os pensamento vêm mais rápido do que o trajeto percorrido pelo ônibus.

Cenas cotidianas que arrancariam um leve sorriso da sua face, passam despercebidas. As análises que em outro momento se voltariam para fora da janela, se voltaram para dentro de você. O espetáculo urbano de cada parada do ônibus não é observado. Você vê tudo, mas nesse momento em uma espécie de transe, só olha para as suas próprias atidudes.

Passa o tempo, o seu ponto se aproxima, você se levanta e dá sinal. A realidade aparece junto com a chegada ao destino final. Você recompõe as forças, começa a pensar no que tem que fazer no trabalho, nas coisas que ficaram pendentes, no que ainda é preciso ser feito. Com algumas soluções ou sem nenhum entendimento, volta-se para esse mundo que te espera lá fora e mesmo sem se compreender muito bem, volta a questioná-lo.  É só esperar, que uma hora, o céu há de colorir de azul esse tom acinzentado.




terça-feira, 31 de julho de 2012

Entre sonhos e castelos

Às vezes eu me perco nos amores que eu mesma construi, e entre castelos e sonhos, começo a tecer ilusões. Isso é inerente ao nativo de peixes e eu, como boa pisciana, busco abrigo nas minhas próprias prisões. Acho que talvez seja mais fácil viver em uma realidade criada e com bordas em cor de rosa, do que deixar o cinza da verdade tingir o meu conto de fadas.

Expulso minhas dores e perturbações por meio dos meus textos. Tento poetizar aquilo que fere, que incomoda. Não me canso de tentar achar algum sentido perdido em meio a essa loucura. Infelizmente, viver requer mais coragem do que sentimento. E se faltar coragem,  que sobre vontade e que essa vontade, seja o suficiente para disfarçar toda dor.

Cansei de procurar amor, e se ele não existir, espero que haja verdade, lealdade e mais dias de sol. O tempo passa e eu tenho menos certeza sobre o que sou. Encontrei tantas respostas, que me perdi, me achei e agora já não sei mais onde estou.

Desse castelo que um dia construí, restaram apenas algumas pedras, as mais duras, pesadas e difíceis de carregar. O tempo do esquecimento o levou às ruínas e pra mim, sobraram apenas lembranças. Lembranças, sobre as quais firmei as minhas bases. Não sei se sinto falta do que fui um dia, ou prefiro ser do jeito que a vida me transformou.



domingo, 29 de julho de 2012

Se não for eterno, você não vai morrer por isso


Um primeiro encontro, a química que age e reage  no primeiro beijo,  as mensagens no dia seguinte e a necessidade de se fazer presente. O início é sempre lindo, florido, cercado de palavras e atitudes bonitas. Manter um relacionamento não é tarefa fácil, requer confiança, companheirismo, fidelidade.  A princípio, amor nem é tão necessário assim. Há momentos, em que atitudes dizem muito mais do que um “te amo” no início do dia ou ao anoitecer.

Mas, com o tempo, todo esse encanto se desgasta e as crises começam a aparecer, sempre haverá uma ex do seu namorado que te incomoda, ou um ex seu que reaparece para bagunçar o seu pensamento. Tem que ter jogo de cintura e muito discernimento! O segredo de um relacionamento é esquecer a ideia de enxergar o outro como algo essencial na sua vida e sim, curtir o momento tendo sempre em mente que o que um dia começou pode acabar.

É como Cássia Eller já nos alertava e um dia acabamos descobrindo por bem ou por mal; “o pra sempre, sempre acaba.” É estranho saber que se um dia acabar,  vamos ter que reaprender a andar e dormir sozinhos.  A pizza do sábado a noite, inicialmente vai ser trocada pelo quarto escuro e pelas lembranças. É difícil reaprender a ser um só.

Os dias vão ser longos, chatos, vazios. Quase todos os finais de namoro são iguais no início, mas depois tomam rumos diferentes. Há quem se arrependa de cara e volte para o ex sem muito esforço, tem também os que sempre vão dar um jeitinho de aparecer “por acaso”  nos lugares frequentados pelo outro até conseguirem reatar a relação, ou então desistirem de vez.

Quando abraçam a solteirice, os homens começam a sair com os amigos para beber, moram na academia,  “correm atrás do tempo perdido.”  As mulheres vão malhar para endurecer o bumbum, abusar das maquiagens e roupas que as valorizam e as baladas vão voltar a ser o destino dos finais de semana.

Mas, não vai demorar muito e a carência vai começar a pesar. A vontade de ter alguém para dividir tudo o que acontece vai ser grande, vai surgir o desejo de um novo encontro, de um novo beijo. A promessa de ter um tempo para você mesmo, vai perder a força. Talvez apareça alguém que te encante em um primeiro sorriso e venha a ser um novo amor ou então, outra desilusão.  Mas, independente do que for, escolha ser feliz.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

"Será que amar é mesmo tudo?"

"Se isso não é amor, o que mais pode ser?" Essa música me faz refletir, as pessoas têm a estranha mania de acreditar que toda e qualquer relação deve ser fundamentada no amor e que se não for assim, não vai dar certo. Acreditam que ouvir um "te amo" faz bem para a alma, mesmo quando a frase se baseia em um discurso vazio, sem sentimento, sem vontade...

O amor  por mais que seja repetido tantas vezes , ainda é um terreno desconhecido. Amar não é gritar aos  ventos o que diz sentir e esconder, trair, machucar, como tantas pessoas fazem...  Não existe amor que nasce do dia para noite, assim como não existem promessas e juras que façam com que a ferida aberta, cicatrize mais depressa.

Gosto de coisas que vêm do coração, e acredite, isso não precisa ser necessariamente amor. Gosto da verdade que exala pelos olhos e ganha tato através do impulso de um toque, ou de um beijo. Gosto de gostar, e isso me faz bem.  Aquela menina de 13 anos se mantém viva em mim, os devaneios ganham forma entre o viver e o brincar de ser adulta.

"Eu te amo" sempre soou para mim como algo falso. Nunca levei fé quando ouvi essa frase. Em alguns casos, esse "amor" representa mais um arrependimento diante de uma perda do que qualquer outra coisa. Um término de relacionamento, por exemplo, depois de um tempo separados sempre vem um arrependimento seguido de um "mas eu ainda te amo!" Ah, é? E porque não cuidou para não perder? Não tente se iludir, porque a mim você não engana.

"Eu te amo" se tornou a tradução de "desculpa", de "boa noite", de "tchau". Mas qual o seu real sentido? O sentido real aparece quando os seus pais se sacrificam para colocar comida em casa, quando abrem mão dos próprios sonhos para que você conquiste os seus, ou então, quando você dá vida a outro ser. É esse o sentido do amor. O resto, se baseia em adaptações do gostar. E você tem a liberdade de gostar com menos, ou mais intensidade.



segunda-feira, 7 de maio de 2012

É chegada a hora de agradecer

Pode parecer cedo para falar sobre isso, mas a cada dia tenho mais certeza de que o grande dia está chegando. Como o meu agradecimento é muito maior do que os caracteres que me serão reservados no convite, decidi iniciar desde já. Agradeço a Deus todos os dias pela família maravilhosa que eu tenho. Pelas coisas que aprendi com o meu pai, meu maior ídolo e exemplo de honestidade e humildade, quem me mostrou que para eu atingir os meus objetivos não preciso passar por cima de ninguém, preciso apenas fazer a minha parte; agradeço à minha mãe pelo amor, dedicação e o colo que sempre me acolhe; à minha avó pela sabedoria e a oportunidade de poder ouvir suas histórias e conhecer as suas conquistas. Agradeço também à minha irmã pelos conselhos e puxões de orelha. Tia Mariza, Cátia, Tio Cláudio(meu segundo pai), Vanessa, tia Marise, madrinha Maria, Cíntia, madrinha Fabiana e padrinho Jarbas, muito obrigada! 

Não poderia me esquecer também daqueles que sempre estiveram do meu lado, apoiando as minhas loucuras e oferecendo o ombro amigo de todas as horas, os antigos e aqueles que se mostraram leais durante a caminhada. Meu agradecimento também pertence àquela família que eu escolhi: meus amigos! Que por muitas vezes, se fizerem mais presentes do que muitos familiares. Não vou citar nomes, para não correr o risco da memória me trair e eu vir a ser injusta com alguém, mas sei que as pessoas as quais me refiro, vão se achar nessas palavras. Agradeço ao Álvaro, pela lealdade e companheirismo, e também à sua família que me acolheu e me fez sentir parte dela.

 Durante esses quase quatro anos, foram muitas as conquistas e oportunidades. Deste modo, agradeço ao Márcio Guerra pela confiança, quando eu mesma já não acreditava em mim. À Produtora de Multimeios que me proporcionou não só aprendizagem profissional, mas também, me permitiu conhecer "os melhores amigos que alguém pode ter." Agradeço à Cesama oportunidade de aprender mais e mais; Thais, Gabi, Creuza, Léo e Leandro sempre vou me lembrar de vocês... O mesmo agradecimento se estende à Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora, Daiane, Lúcia, Flávia, senhor Lucimar e Marluce, obrigada.

Quanto mais agradeço, mais me lembro de agradecer. Essa caminhada ao lado de vocês, nem pareceu tão longa assim. Este não é o fim, mas apenas o início de uma jornada ainda incerta. Mas o desafio foi aceito, que venham mais sorrisos, mais lágrimas, mais sonhos...

quarta-feira, 11 de abril de 2012

"Isso também vai passar"

E o que é a vida, senão o breve intervalo entre o despertar e o não acordar mais? Desde quando abrimos os olhos no primeiro choro, vindo do sopro da vida, já sabíamos que estávamos aqui só de passagem. Nascemos, aprendemos a andar, pronunciamos as primeiras palavras, descobrimos que temos a capacidade desenvolver sentimentos, nos decepcionamos. Dizemos tantas vezes que não queríamos estar nesse mundo cruel. Julgamos as injustiças mundanas e somos injustos tantas outras vezes. Erramos(e como erramos!), sofremos. Prometemos não errar mais, e ainda assim, erramos novamente. É algo inerente ao nosso processo evolutivo, por mais conflitante que isso possa parecer.

Em um dia acreditamos que somos fortes, somos grandes, donos do nosso próprio nariz. No outro, descobrimos as nossas fraquezas, a nossa insignificância diante das peças que a vida nos prega. "Para morrer, basta estar vivo", não é mesmo? É como se uma bomba-relógio estivesse dentro da gente, esperando apenas o dia e a hora certa para explodir. E tudo que nos resta é esperar que esse processo demore muito para acontecer. Diante disso, fortalecemos nossos laços com Deus. Entregamos às forças espirituais a nossa vida, e criamos a necessidade de crer, de esperar, de ter fé. Os erros se tornam mais nítidos nesse momento. O sentimento de "ah, se eu fizesse diferente..." é o que nos assombra, nos oprime, nos castiga e nos mata aos poucos.

Cada dia a mais, caracteriza um dia a menos lá na frente. Será que era melhor se não soubéssemos de algumas coisas? Será que a dor passaria mais rápido, ou nem chegaria a existir? Como já disse em outro texto, "a dor que não nos pertence,parece nem doer tanto". Portanto, por mais que haja conselhos, abraços apertados, beijos calorosos e mensagens positivas, a dor vai continuar lá, mesmo que em estado latente. Outro dia questionei em uma rede social, "e quando a dor é só sua?", e um ex professor me respondeu: "a alegria também será". É isso que esperamos! E temos fé, assim como Chico Xavier, já dizia, que "isso também vai passar."

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Conselhos de quem odeia conselhos

Já me disseram para eu tomar cuidado com o mundo lá fora, já me mandaram correr atrás dos meus sonhos sem ter medo de nada, já me falaram que eu viveria muito melhor sozinha do que mal acompanhada. Alguns me aconselharam que "é impossível ser feliz sozinha". Sinceramente, já me falaram tantas coisas que eu já não sei de mais nada!

Se a vida tivesse fórmulas e combinações de sucesso, ninguém iria sofrer. Parece fácil falar para o outro: "liga não, isso vai passar!". Mas quando o problema é com a gente, o egoísmo reina e a dor parece mais intensa. Isso quando não nos pegamos fazendo suposições absurdas:"se eu fosse você, faria isso". Será que faríamos mesmo? E quando nos damos conta, estamos como "espectadores da vida alheia", daqueles que dão "pitaco" em tudo, mas que não conseguem decorar o texto quando pegam o papel principal.

A vida nada mais é do que algo que todo mundo tenta definir, mas que no fundo, é cheia de contradições e mistérios. Alguns ainda diriam que é cheia de "injustiças", mas o que é justo? Justiça para quem? É aquela velha história dos dois lados da moeda... Há uma complexidade muito maior por trás disso tudo.

Quantas vezes me peguei dizendo, "Deus sabe o que faz", para pessoas que estavam prestes a perder entes queridos. Mas será, que esse mesmo conformismo faria parte do meu discurso se fosse alguém da minha família que estivesse prestes a perder a vida? Certamente não...

É fácil repetirmos frases feitas, em gestos mecânicos, fomos treinados para isso! Terminou o namoro? "Não fica assim, ele não te merece". Alguém querido morreu? "Foi feita a vontade de Deus". Não passou em uma prova? "É só se dedicar, que na próxima vai!". A dor que não nos pertence parece nem doer muito...

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O momento da decisão

Chega uma hora em que as nossas escolhas se tornam bem mais decisivas. Não se baseiam apenas em qual vestido usar ou a qual festa ir no final de semana, envolvem pessoas, sentimentos ou o que seria para ser um sentimento. Decidir por si só é fácil, pelos outros não. A gente acha que tudo é eterno e nos decepcionamos quando percebemos que toda essa vontade, esse querer, pode se tornar mais frágil do que um galho que se rompe pela ação do vento.

Esperamos que essa tempestade toda passe, que possamos reerguer as nossas estruturas, assim como aquele que após perder a casa em um desastre, junta as forças que tem e faz um novo começo. Achamos que tudo vai voltar ao normal e que em breve o sol vai aparecer novamente e fazer com que as lágrimas derramadas sequem. Mas não é bem assim...

Mais frágil do que esse querer, ou que o galho que se rompeu, é a confiança. E por mais que tentemos fazer com que tudo se torne exatamente igual, nunca será. O mesmo vento que foi capaz de quebrar o galho fino da árvore da praça, também é capaz de propagar o que é dito no silêncio de uma noite de outono, ecoar os segredos e fazer com que as palavras causem mais dor. E todo esse tormento pode(e vai) passar, mas as marcas deixadas por ele não.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Inspire-se

E a inspiração de onde vem? Talvez de um baú velho e empoeirado , cheio de lembranças, ou então das ações corriqueiras, dos gestos repetidos ao longo de uma tarde de trabalho. Pode vir também do que é visto diariamente, mas dificilmente é observado. A inspiração vem muitas vezes do sorriso que sustenta e amortece a lágrima que lhe faz companhia.Pode surgir da criança que corre em direção à mãe, com o mesmo vigor que um dia irá correr atrás dos sonhos criados.

Vem do beijo caloroso e apaixonado de um casal de namorados, ou então, daquele casal de velhinhos que passa despercebido por muitos. Entre as rugas, a visão já castigada pelo tempo, os fios de cabelo branco que denunciam a idade e o andar pausado, há uma magia que guarda mais do que as marcas do tempo.

O sorriso de poucos dentes mostra a vitória de quem venceu o tempo, ou foi esquecido por ele, vai saber!São 40, 50 anos que um vive pelo outro e aos poucos passaram a viver uma só vida. Os galanteios da mocidade, o nascimento do primeiro filho, a casa cheia de netos. As mãos trêmulas que seguram e conduzem os primeiros passos das crianças, e os risos que se entendem, pela ausência de dentes e ainda assim soam sinceros.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Escrever talvez seja O único refúgio de quem sofre em silêncio, ou vibra em silêncio, como quiser.

É "traduzir sentimentos em palavras" e ainda assim, deixá-los abertos à interpretação do leitor.

É dizer pouco em poucas linhas e mesmo tempo dizer muito. É brincar com palavras e deixar a caneta colorir as linhas dos pensamentos vagos.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

"O coração distrai e a sorte vem"

Quando eu era mais nova gostava muito de uma música que falava que "o coração distrai, então a sorte vem." Esse era um grande sucesso de uma novela adolescente da época e tenho certeza de que ela fez parte não só do meu repertório musical, mas também de várias outras pessoas da minha idade.
Você deve está se perguntando porque eu decidi começar o meu texto falando sobre isso, não é? Mas pode ficar tranquilo porque logo, logo, você vai entender tudinho!

Desde muito nova eu já tinha meus amores platônicos, seja aquele vizinho galinha que fazia sucesso com a vizinhança inteira e que nunca me deu bola, apesar das inúmeras cartas e declarações já feitas... Ou então aquele instrutor de informática mais velho. A cada lição , um suspiro em meio a ilusão criada("ahhh, ele se importa comigo!"). É, quando eu era mais nova eu não entendia que o fato dele "me dar atenção" fazia apenas parte do trabalho dele.

Mas o tempo passa, você acha que já é auto-suficiente em relação ao amor. Mas não é! Se torna cada vez mais vulnerável... Nossa, como era difícil saber se o menino queria apenas "ficar" comigo, ou então ser o meu mais novo namorado. E olha, opinião de mãe é suspeita. Quando a sua mãe diz que você tem que achar "alguém que goste de você como você, é!", não banque a relaxada não, viu? Porque a sua mãe vai te achar bonita mesmo se você estiver sem 3 dentes, com o cabelo bagunçado e com a roupa que foi moda há 5 verões passados...

Confesso que eu era meio traumatizada quando o assunto era beleza, porque as minhas amigas da escola sempre eram as mais bonitas da sala, o que acentuava ainda mais a minha feiura! Sendo assim, eu sempre era a nerd. Alguma coisa tinha que compensar, né? Feia e burra ia ser desgraça demais para uma pessoa só. Brincadeiras a parte, eu nunca fui o tipo de menina que chamava atenção de imediato e em alguns momentos sem querer, virava amiga dos meus amores platônicos...

Outro dia estava conversando com a minha irmã e falei uma coisa que serviu de apoio pra mim e acredito que para muitas outras pessoas: "a gente tem que se dar a oportunidade de ser feliz e parar de achar que a felicidade está apenas nessa ou naquela pessoa." Eu ficava brava com alguns padrões que eram impostos e sem perceber atribuía padrões às pessoas...

Você acaba achando que o príncipe loiro, de olhos azuis e cavalo branco vai bater a sua porta e se esquece do cara legal, de conversa inteligente e que faz tudo para ser notado... Muitas pessoas acreditam que ser bonito, ter 500ml de silicone, usar bolsa da Armada, ir nas boates mais badaladas e atrair os olhares e o desejo de todos é ser superior, é ser feliz... Bobagem! Não adianta ter só uma embalagem bonita se o que está dentro não agrada(pode parecer clichê e realmente é, mas é verdade).

Beleza não é eterna, mas a cumplicidade sim. Dinheiro acaba, os valores éticos não. A idade chega, a época de badalação acaba e só fica o que é verdadeiro, o que é bom... Pra que eu falei isso tudo? Pra mostrar que de tanto que eu procurei alguém perfeito, me fiz mais errante ainda. Já me iludi com falsos sorrisos, falsas juras, mas foi só eu me "distrair que a sorte veio."

Não conheci o "príncipe loiro, de olhos azuis e cavalo branco", mas conheci alguém que passou a fazer sentido na minha vida só pela sua existência, alguém que me fez crescer e encontrou qualidades em mim que eu desconhecia. Alguém que eu aprendi a admirar e adorar. E que me ensinou o mais importante: amor vem com o tempo e não se diz "te amo" sem ter a certeza disso. Por isso a gente se adora, porque um dos princípios de uma relação é a verdade, e não a intensidade, como um dia cheguei a imaginar.


Obrigada por me fazer por 5 meses, alguém mais feliz!