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Pisciana de 25 anos, jornalista por formação, psicóloga entre amigos, sãojoanense de nascimento, juiz-forana de alma e montes-clarense por acidente. É atraída por desafios e, por mais que a vida insista em querer provar o contrário, nunca deixou de acreditar que o amor existe.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Parada final

O céu cinza, o dia frio e o caração repleto de incertezas. São em dias como esses que ficamos mais introspectivos, pensamos mais no que estamos fazendo da nossa vida e não no quanto cairia bem uma cerveja gelada e uma boa conversa com os amigos no final da tarde de sol. Um fone de ouvido tocando sabe-se lá qual música, um olhar perdido pela janela do ônibus e um conflito interno procurando solução. A pessoa sentada ao lado, torna-se parte da paisagem urbana.

Você não quer falar sobre a frente fria que chegou ou sobre nenhum outro assunto sem propósito que surge entre pessoas que não se conhecem; quer na verdade, aproveitar as nuvens lá de fora para achar o sol dentro de si mesmo. Antes de implorar o entendimento do mundo, é necessário se entender. E os pensamento vêm mais rápido do que o trajeto percorrido pelo ônibus.

Cenas cotidianas que arrancariam um leve sorriso da sua face, passam despercebidas. As análises que em outro momento se voltariam para fora da janela, se voltaram para dentro de você. O espetáculo urbano de cada parada do ônibus não é observado. Você vê tudo, mas nesse momento em uma espécie de transe, só olha para as suas próprias atidudes.

Passa o tempo, o seu ponto se aproxima, você se levanta e dá sinal. A realidade aparece junto com a chegada ao destino final. Você recompõe as forças, começa a pensar no que tem que fazer no trabalho, nas coisas que ficaram pendentes, no que ainda é preciso ser feito. Com algumas soluções ou sem nenhum entendimento, volta-se para esse mundo que te espera lá fora e mesmo sem se compreender muito bem, volta a questioná-lo.  É só esperar, que uma hora, o céu há de colorir de azul esse tom acinzentado.




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