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Pisciana de 25 anos, jornalista por formação, psicóloga entre amigos, sãojoanense de nascimento, juiz-forana de alma e montes-clarense por acidente. É atraída por desafios e, por mais que a vida insista em querer provar o contrário, nunca deixou de acreditar que o amor existe.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Mais um ano...

Quando chega dezembro, chega o momento de rever tudo o que aconteceu nesses onze meses que antecedem esse período de festas. E junto com a vontade de construir um novo começo, vem a angústia de tudo o que se fez de errado e também o orgulho de saber das amizades e dos amores que surgiram e do que foi conquistado durante esses 334 dias...

As ruas ganham um colorido diferente e não me refiro apenas as luzes que juntamente com as guirlandas e bolas coloridas ornamentam a cidade, mas me refiro ao colorido das pessoas, dos sorrisos que elas trazem, da vontade de presentear e se fazer presente. As famílias se aproximam e como em um grande presépio esperam o ano novo nascer.

As ruas ficam mais movimentadas, o cheiro do verão, o gosto das férias e a beleza da lembrança de natais anteriores chegam junto com velhas promessas e sentimentos nobres. O menino que antes esperava ansiosamente o seu presente aos pés da árvore, hoje transmite essa magia para os filhos, a missa do dia 24, o almoço de Natal, as lentilhas e uvas do ano novo... As sementes na carteira, as sete ondas, a mega-sena da virada... É, chegou a hora de começar tudo novo de novo!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ir onde a notícia está sem ter medo de repressão. Informar desde ao mais rico até aquele que passa por dificuldades, não deixar a informação se contaminar por interesses privados e se necessário arriscar a própria vida para que a sua missão seja concluída. Ser jornalista é isso, não temos mais diploma, mas temos o compromisso de manter as pessoas informadas e isso ninguém tira da gente. Que a morte de Gelson Domingo seja lembrada não só por causa da falta de segurança ou até mesmo como um ato irresponsável, mas como algo heroico. Que ele seja lembrado como alguém que arriscou a sua própria vida em prol da notícia, como um benfeitor que não ficou parado diante das mazelas sociais, mas que foi à luta e tornou-se notícia, uma triste notícia.

Parece mais difícil colocar um fim no que já está acabado

Quando a história não começou e ainda não há envolvimento com os personagens, com a trama, com o contexto no qual ela está inserida, fica mais fácil apagar as linhas escritas e rascunhar outro início, ou até mesmo seguir por outro caminho. Tenta-se assim, esquecer os erros cometidos na primeira tentativa, e aos poucos o escritor dá forma àquilo que estava sem vida, sem sentido.

O problema é quando a história se inicia com um tema bonito, harmonioso, mas perde a leveza no decorrer do tempo. As palavras já não são usadas com as mesmas intenções, mas ainda assim continuam a serem escritas ou ditas. Quando o texto cai no lugar comum, no mesmo; quando não há variações, o leitor clama para o final chegar logo. Uns persistem, pois a curiosidade é maior. Cresce a vontade de “ver no que vai dar” e acreditam que o início foi bonito e deve haver alguma explicação para tudo ter desandado. Outros simplesmente desistem.

Imagino a minha vida como um texto, ou meu texto como uma vida(como quiserem), que precisa de revisões. Preciso cortar a repetição de palavras, a repetição de gestos, de promessas não cumpridas. Nem sempre o final vai ser o mais belo, mas talvez, o ideal em cada circunstância. E quando esse texto não rende, não vai para frente, ele pode ter final em si mesmo. Mas não se iluda. Muitas vezes pode ser mais difícil colocar um fim no que já está acabado.

sábado, 5 de novembro de 2011

Quando isso acontece...

Não sei se podemos falar que já somos predestinados a algo, mas muitas vezes certas coisas parecem sentir a necessidade de acontecer. É como se alguma força maior, nos colocasse naquele lugar, naquela hora e aquele certo alguém aparecesse. Em muitos casos o destino se esforça muito, mas acaba pedindo um empurrãozinho àquele amigo antigo, para aquela amiga que é quase uma irmã e quando é assim, pronto! A profecia está pronta e o que parecia uma simples predestinação começa a dar colorido ao cinza da realidade.

Como explicar que alguém apareceu do nada em sua vida e em um estalar de dedos se tornou parte dela? Seja um alguém que goste de Teatro Mágico, se emocione com Los Hermanos, ame discutir os rumos do novo jornalismo, escute compreensivamente seu resumo do livro de Harlan Coben, ou simplesmente alguém que odeie isso tudo e ainda consiga te completar e acrescentar à sua coletânea alguns pagodes e divida com você tudo o que aconteceu durante o dia de trabalho. Não importa.

Às vezes a vontade de estar junto, de se fazer entender é maior do que qualquer gosto musical ou literário. Estar junto se faz da compreensão de que mesmo tão diferentes vocês são capazes de prosseguir em frente. O que é muito certo, muito igual, logo perde a graça, e a vontade de ver o outro acaba se resumindo na ação de olhar-se ao espelho.

É uma coisa de pele, e não digo de cor de pele, mas é algo que supera a isso tudo e só se baseia na vontade e no querer bem. O respeito é mais importante do que a aparência, o sentimento mais profundo do que a adversidade. A gente não pede, não explica, apenas acontece e quando é assim, nem mesmo dizer que essa pessoa não é boa o suficiente para você te faz desistir, seu coração vai à luta.

O único que consegue ter um sono tranquilo



Em meio às obras do calçadão um cãozinho dorme, mas agora me diga, qual o problema dessa foto? O problema é que enquanto o dinheiro público é destinado a uma obra que não tem tanta necessidade, outras questões maiores continuam sem resposta. Uma obra desse porte que se inicia a menos de um ano da eleição municipal, só pode ser estratégia política.

Facilitar a passagem e acessibilidade para que carros de urgência e emergência façam o seu trabalho tranquilamente? Que ótimo! Mas será que quando as ambulâncias tiverem mais espaços nas ruas para transportar os pacientes, o serviço de saúde oferecido pelo hospital também vai ser melhor? Será que o PSF vai ter o seu horário de plantão prometido? Não, não e não... Ora, não sou pessimista. Apenas tento abrir os seus olhos para uma realidade muito mais ampla.



Olhando essa foto, gostaria de te fazer uma pergunta. A obra é para facilitar o acesso de carros, certo? Mas como fica o pedestre nessa história? Vocês conseguem enxergar alguma passarela que facilite a passagem? Bingo! Mais uma vez a resposta é não. As pedras soltas dificultam a passagem, sobretudo, dos idosos. Como pude constatar, eles têm que se desvencilhar de todos os obstáculos, que não são poucos...

Mas voltando ao assunto inicial, aqueles que passaram pela rua na manhã de hoje observaram esse simpático animalzinho aí da foto dormindo, assim como tantos outros que disputam espaço com pedestres e carros pelas ruas e calçadas esburacadas da cidade. Nesse ano, como sabemos, ainda não aconteceu a campanha de vacinação anti-rábica e também como o eleitor atento pode observar, não existe mobilização de criar um lugar para esses animais, de forma que eles não arrisquem suas vidas e não ofereçam perigo para os passantes. E ainda assim, esse pobre cachorro, é o único que tem o sono tranquilo. Como ele não pode votar, coitado, façamos nós um papel importante na cidade, escolhendo melhor os nossos representantes.