Quem sou eu

Minha foto
Pisciana de 25 anos, jornalista por formação, psicóloga entre amigos, sãojoanense de nascimento, juiz-forana de alma e montes-clarense por acidente. É atraída por desafios e, por mais que a vida insista em querer provar o contrário, nunca deixou de acreditar que o amor existe.

domingo, 5 de maio de 2013

Se não tiver paixão, desiste

Se não tiver paixão, desiste. É a paixão que move as ações. É a paixão que te faz acordar, mesmo que sem vontade, mesmo sabendo que o chefe mal humorado te espera, mesmo sabendo que vai perder a paciência ao longo do dia. É a paixão por essa profissão de tanto status, muita ralação e pouco valor que te faz aguentar isso. Em meio a tantos cafés, chocolates e pausas para respirar e seguir em frente, que você recarrega as suas energias.

Talvez, essa não seja a sua realidade, mas é a minha. Pois é, caros leitores, depois da formatura, o que era um sonho quase se transformou em desilusão. Mas, se não fosse a paixão pelo Jornalismo, eu não teria resistido a isso tudo. Você estuda para passar vestibular, consegue a sua vaga em uma universidade federal, se dedica durante anos e abraça todas as oportunidades que aparecem pela frente. E, um belo dia, se vê com o diploma na mão, um sorriso amarelado no rosto e sem saber para onde ir. Acredite: o sorriso amarelado não é decorrente apenas do excesso de cafeína, mas da falta de esperança.

O mercado de trabalho tem mais gente do que emprego, muita gente ruim também, diga-se de passagem. Mas, ainda assim, é muita gente. Além disso, há aqueles que acreditam que o jornalista não tem tanta importância na empresa e, quando tem corte de gastos, ele é o primeiro que roda. Também têm empresas que apostam na economia porca: contratam quatro estagiários por um valor ridículo e não são capazes de contratar um jornalista formado por um salário digno. Nesse meio, há muitos palpiteiros com pouco embasamento.

Lembro que no início da faculdade, já fui colocada diante da maior prova de amor pelo Jornalismo: cheguei cheia de sonhos e me tiram a obrigatoriedade do uso do diploma que ainda nem meu era. Foi um balde de água fria nos meus planos. Muitos utilizavam o mesmo discurso e o repetiam a exaustão: “escrever, qualquer um sabe!”. Isso me enfurecia.

Assim como um médico, eu também sei abrir uma pessoa, se preciso. Mas, pode ser que isso lhe custe a vida. Assim como o bisturi que pode salvar ou tirar uma vida, se for mal utilizado; é a informação. E o papel do jornalista na atual conjuntura assim como em outros momentos da história, é questionar, bater de frente, procurar as várias faces da verdade, encontrar os culpados, exigir das autoridades. Por que eu falei isso tudo? Para que você saiba que, independente do que acontecer e das pessoas que que levarem nuvens escuras e pesadas para o seu dia ensolarado, você tem que ter em mente que a paixão e o foco vão ter que ser mais fortes. Talvez o caminho não seja fácil, talvez seja difícil chegar ao topo, mas acredite em você e se entregue a esse desafio. O sucesso é de quem tenta, de quem cai e se faz mais forte a cada queda.