Há momentos em que tudo se transforma diante dos nossos olhos, com uma rapidez capaz de nos deixar tontos e desnorteados. É como se por instantes, tivéssemos voltado à infância e de mãos dadas com um amigo rodado por horas e horas. Quando finalmente ele nos solta, trocamos as pernas e não conseguimos mais andar em linha reta, por mais curto que seja o caminho a ser percorrido.
O medo de cair, a falta de controle sobre o próprio corpo, os passos cuidadosos para não nos machucarmos, o ambiente que gira a nossa volta, enquanto estamos estagnados no mesmo ponto com medo de fraquejar. Mas, ao contrário do que se pensa, é na queda que nos tornamos fortes. Aquele buraco do jardim, não vai te derrubar mais, você já sabe onde fica e aprendeu na dor a desviar dele. Pode ser, que o aprendizado fique marcado na pele, por meio de um roxo ou daquele esfolado no joelho.
Quem não arrisca, não se aventura, não busca o próprio entendimento, se limita às experiências do outro. É preciso encontrar razões além do que se conhece.O principal adversário nessa maratona é o nosso próprio medo, é ele que poda as nossas asas quando queremos voar ou nos tira o chão, quando queremos apenas continuar de pé.
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