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Pisciana de 25 anos, jornalista por formação, psicóloga entre amigos, sãojoanense de nascimento, juiz-forana de alma e montes-clarense por acidente. É atraída por desafios e, por mais que a vida insista em querer provar o contrário, nunca deixou de acreditar que o amor existe.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Jornalistas x treinadores: quem está com a razão?

Um assunto que está sempre na mídia é a relação conflituosa entre os treinadores e os jornalistas, principalmente após as coletivas de imprensa. De um lado, os homens que sempre estão atrás da glória ou da derrota de um time e do outro aqueles que utilizam as notícias da equipe, sejam elas boas e ruins, como ferramenta de trabalho.

Uma palavra mal interpretada, os nervos à flor da pele, a busca insaciável por informação, pequenos equívocos podem gerar grandes discussões entre os profissionais e em último caso, até mesmo agressões físicas. Quem não se lembra da confusão entre Emerson Leão e a imprensa, em julho do ano passado?

A meu ver e acredito que na visão de muitos que trabalham com jornalismo há anos, a função do jornalista é intermediar a relação entre o time e a torcida, e o personagem usado para dar voz à equipe é o treinador. E é através do espaço midiático que ele pode comunicar com todos os seus torcedores de uma só vez.

A partir do momento que um treinador ofende ou nega informação para um jornalista, afeta milhares de pessoas que torcem e acreditam naquele time. Se o profissional da área de comunicação quer saber a opinião do técnico sobre um assunto polêmico é porque quer dar voz aos lados para esclarecer o mal entendido e não para provocá-lo ou algo similar.

Muitos podem contestar o que eu escrevi, afirmando que o jornalismo interfere no jogo, tentando tirar a autoridade do técnico e até mesmo persegui-lo, mas não é nada disso. O que o jornalista faz é apurar e muitas vezes se colocar no lugar do torcedor, dando voz às suas perguntas.

Além disso, alguns afirmam que a mídia manipula as opiniões. Mas está consideração,
nos leva àquela velha dialética: a mídia que molda o gosto do público, ou o público que direciona o que será exibido? Será mesmo, que a sociedade é tão apática a ponto de se deixar influenciar facilmente?

Em alguns casos há despreparo tanto de jornalistas como treinadores, quando se trata de uma entrevista coletiva. Seja em relação às perguntas repetitivas por parte dos repórteres ou as respostas prontas por parte dos técnicos. Mas nessas questões o que deve haver é foco no que se faz e visar o interesse do público.

Vale reforçar que a função do repórter é perguntar, independente de ser um assunto positivo ou não. E esse direito de saber a verdade dos fatos, é do povo. Portanto, cabe aos profissionais que estão direcionando a entrevista ou aos que respondem as perguntas, comprometimento e respeito às pessoas de casa.