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Pisciana de 25 anos, jornalista por formação, psicóloga entre amigos, sãojoanense de nascimento, juiz-forana de alma e montes-clarense por acidente. É atraída por desafios e, por mais que a vida insista em querer provar o contrário, nunca deixou de acreditar que o amor existe.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

"Isso também vai passar"

E o que é a vida, senão o breve intervalo entre o despertar e o não acordar mais? Desde quando abrimos os olhos no primeiro choro, vindo do sopro da vida, já sabíamos que estávamos aqui só de passagem. Nascemos, aprendemos a andar, pronunciamos as primeiras palavras, descobrimos que temos a capacidade desenvolver sentimentos, nos decepcionamos. Dizemos tantas vezes que não queríamos estar nesse mundo cruel. Julgamos as injustiças mundanas e somos injustos tantas outras vezes. Erramos(e como erramos!), sofremos. Prometemos não errar mais, e ainda assim, erramos novamente. É algo inerente ao nosso processo evolutivo, por mais conflitante que isso possa parecer.

Em um dia acreditamos que somos fortes, somos grandes, donos do nosso próprio nariz. No outro, descobrimos as nossas fraquezas, a nossa insignificância diante das peças que a vida nos prega. "Para morrer, basta estar vivo", não é mesmo? É como se uma bomba-relógio estivesse dentro da gente, esperando apenas o dia e a hora certa para explodir. E tudo que nos resta é esperar que esse processo demore muito para acontecer. Diante disso, fortalecemos nossos laços com Deus. Entregamos às forças espirituais a nossa vida, e criamos a necessidade de crer, de esperar, de ter fé. Os erros se tornam mais nítidos nesse momento. O sentimento de "ah, se eu fizesse diferente..." é o que nos assombra, nos oprime, nos castiga e nos mata aos poucos.

Cada dia a mais, caracteriza um dia a menos lá na frente. Será que era melhor se não soubéssemos de algumas coisas? Será que a dor passaria mais rápido, ou nem chegaria a existir? Como já disse em outro texto, "a dor que não nos pertence,parece nem doer tanto". Portanto, por mais que haja conselhos, abraços apertados, beijos calorosos e mensagens positivas, a dor vai continuar lá, mesmo que em estado latente. Outro dia questionei em uma rede social, "e quando a dor é só sua?", e um ex professor me respondeu: "a alegria também será". É isso que esperamos! E temos fé, assim como Chico Xavier, já dizia, que "isso também vai passar."