Às vezes eu me perco nos amores que eu mesma construi, e entre castelos e sonhos, começo a tecer ilusões. Isso é inerente ao nativo de peixes e eu, como boa pisciana, busco abrigo nas minhas próprias prisões. Acho que talvez seja mais fácil viver em uma realidade criada e com bordas em cor de rosa, do que deixar o cinza da verdade tingir o meu conto de fadas.
Expulso minhas dores e perturbações por meio dos meus textos. Tento poetizar aquilo que fere, que incomoda. Não me canso de tentar achar algum sentido perdido em meio a essa loucura. Infelizmente, viver requer mais coragem do que sentimento. E se faltar coragem, que sobre vontade e que essa vontade, seja o suficiente para disfarçar toda dor.
Cansei de procurar amor, e se ele não existir, espero que haja verdade, lealdade e mais dias de sol. O tempo passa e eu tenho menos certeza sobre o que sou. Encontrei tantas respostas, que me perdi, me achei e agora já não sei mais onde estou.
Desse castelo que um dia construí, restaram apenas algumas pedras, as mais duras, pesadas e difíceis de carregar. O tempo do esquecimento o levou às ruínas e pra mim, sobraram apenas lembranças. Lembranças, sobre as quais firmei as minhas bases. Não sei se sinto falta do que fui um dia, ou prefiro ser do jeito que a vida me transformou.
Quem sou eu
- Darlene Braga
- Pisciana de 25 anos, jornalista por formação, psicóloga entre amigos, sãojoanense de nascimento, juiz-forana de alma e montes-clarense por acidente. É atraída por desafios e, por mais que a vida insista em querer provar o contrário, nunca deixou de acreditar que o amor existe.
terça-feira, 31 de julho de 2012
domingo, 29 de julho de 2012
Se não for eterno, você não vai morrer por isso
Um primeiro encontro, a química
que age e reage no primeiro beijo, as mensagens no dia seguinte e a necessidade
de se fazer presente. O início é sempre lindo, florido, cercado de palavras e
atitudes bonitas. Manter um relacionamento não é tarefa fácil, requer
confiança, companheirismo, fidelidade. A
princípio, amor nem é tão necessário assim. Há momentos, em que atitudes dizem
muito mais do que um “te amo” no início do dia ou ao anoitecer.
Mas, com o tempo, todo esse
encanto se desgasta e as crises começam a aparecer, sempre haverá uma ex do seu
namorado que te incomoda, ou um ex seu que reaparece para bagunçar o seu
pensamento. Tem que ter jogo de cintura e muito discernimento! O segredo de um
relacionamento é esquecer a ideia de enxergar o outro como algo essencial na
sua vida e sim, curtir o momento tendo sempre em mente que o que um dia começou
pode acabar.
É como Cássia Eller já nos
alertava e um dia acabamos descobrindo por bem ou por mal; “o pra sempre,
sempre acaba.” É estranho saber que se um dia acabar, vamos ter que reaprender a andar e dormir
sozinhos. A pizza do sábado a noite,
inicialmente vai ser trocada pelo quarto escuro e pelas lembranças. É difícil
reaprender a ser um só.
Os dias vão ser longos, chatos,
vazios. Quase todos os finais de namoro são iguais no início, mas depois tomam
rumos diferentes. Há quem se arrependa de cara e volte para o ex sem muito
esforço, tem também os que sempre vão dar um jeitinho de aparecer “por acaso” nos lugares frequentados pelo outro até
conseguirem reatar a relação, ou então desistirem de vez.
Quando abraçam a solteirice, os
homens começam a sair com os amigos para beber, moram na academia, “correm atrás do tempo perdido.” As mulheres vão malhar para endurecer o
bumbum, abusar das maquiagens e roupas que as valorizam e as baladas vão voltar
a ser o destino dos finais de semana.
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