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Pisciana de 25 anos, jornalista por formação, psicóloga entre amigos, sãojoanense de nascimento, juiz-forana de alma e montes-clarense por acidente. É atraída por desafios e, por mais que a vida insista em querer provar o contrário, nunca deixou de acreditar que o amor existe.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Sobre o que ela sente e não diz

A confiança era o que a sustentava. Acreditava que o amor bastava e que havia reciprocidade no sentimento e sinceridade em todas as palavras ditas por ele. Sonhava com uma casa cheia de filhos e cachorros, da alegria espalhada por todos os lugares em meio a brinquedos e sorrisos. Nem mesmo a velhice a assustava. Imaginava passar os próximos anos ou a vida inteira ao seu lado.

Passou a achar que nenhum outro homem era interessante. O amor havia a cegado. Como forma de defesa ou por pura ingenuidade, passou a desconsiderar os seus defeitos. Parecia que havia se esquecido de todas as outras desilusões vividas. Ele errou algumas vezes, mas o perdão sempre aparecia depois das lágrimas derramadas e das promessas de que teria sido a única e a última vez.

Como nas outras vezes, ela prometeu que tudo iria ficar bem. Talvez a sua doçura se ausentasse por alguns dias, talvez choraria em silêncio toda vez que se lembrasse. Mas, por mais uma vez, vestiu o sorriso. Aquele já sem brilho e em tons de amarelo que há tempos não usava, mas que sempre aparece quando ela tenta esconder a dor que sente. 

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