Desde pequena, o lápis e o bloquinho de
anotações me faziam companhia. Nessa época, eu não era muito de falar, mas já
fantasiava o que ouvia e transformava isso tudo em poesia. Muitas rimas, muitas
histórias, sentimentos que eu ainda desconhecia, mas que ainda assim, falava sobre eles.
A vontade de escrever cresceu junto
comigo. As poesias cheias de ternura e inocência tornaram-se crônicas da vida
real, histórias que por mais fantasiosas que possam parecer, levam um pouco da
minha vivência, da minha observação sobre o outro e da minha crença nesse mundo
desacreditado.
Às vezes, é necessário engolir a dor e transformá-la em palavras. E quando a alegria finalmente chega, ela ultrapassa os limites dos gestos, do olhar, da fala e também se traduz em palavras escritas. Um pedaço de papel contendo rabiscos, pode conter sentimentos também. Pode encantar e contar histórias.
Pensar em palavras escritas, é pensar em interpretações múltiplas daquilo que não tem o auxílio da expressão e nem da entonação que pode ser dada em determinados momentos. Escrever é desvendar um mundo de sentidos através da combinação de palavras. E elas, não precisam ser difíceis, nem se originar de outro idioma, mas precisam transmitir o entendimento por meio da simplicidade. Que sejam simples, mas que sejam sinceras.
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