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Pisciana de 25 anos, jornalista por formação, psicóloga entre amigos, sãojoanense de nascimento, juiz-forana de alma e montes-clarense por acidente. É atraída por desafios e, por mais que a vida insista em querer provar o contrário, nunca deixou de acreditar que o amor existe.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

"Hoje muitos choram, mas não desistem de viver!"

Às vezes reclamamos tanto por problemas pequenos, que não nos damos conta que a complexidade da vida é muito maior e em alguns momentos muito mais dura com os nossos semelhantes. O episódio das chuvas e da destruição na região serrana do Rio nos mostrou pessoas que perderam a casa, entes queridos, móveis... E mais do que isso, como diz o verso de uma música da banda Rosa de Saron, “que muitos choram, mas não desistem de viver”.

Até mesmo por meio de jornalistas sensacionalistas, que abordam as vítimas sempre da mesma forma: “o que a senhora vai fazer agora?”, com direito a enquadramentos fechados, seguido por um fundo musical triste, podemos ver a mesma reação e quase sempre a mesma resposta: “recomeçar do zero!”

Nesse momento em que a desgraça alheia é explorada pelos veículos de comunicação e repercute na venda de jornais, a sociedade é tomada por um grande sentimento de amor ao próximo. Como se em um momento fosse alheia ao problema do outro e em outro momento não. As pessoas se emocionam com a cena da mulher que perde tudo e tenta salvar o cãozinho, mas infelizmente não consegue. Os problemas individuais tornam-se coletivos e aos poucos a realidade ganha proporção de uma grande novela.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Desenrola

Para aqueles que estão de férias como eu e que não têm mais nada para fazer, uma boa pedida são os programas culturais, seja um bom livro, teatro ou cinema. E por falar em cinema, os filmes brasileiros estão ótimos nesse início de ano, tanto os de comédia como “De pernas para o ar", que vem lotando sessões em todo o país, e que não podia ser diferente com a atuação brilhante de Ingrid Guimarães, quanto a trama adolescente “Desenrola”, que levanta a questão da virgindade.

Confesso a vocês, que filmes com a temática jovem sempre atraíram muito o meu interesse, e com “Desenrola” não foi diferente. A história de Priscila, uma menina de 16 anos que vivencia os conflitos adolescentes, sobretudo no que diz respeito à primeira vez, consegue envolver o espectador e ao mesmo tempo fazê-lo refletir sobre às suas primeiras experiências na vida.

Além de uma abordagem leve, o filme conta com um elenco promissor e uma trilha sonora perfeita(a música “Quase sem querer”, na voz de Maria Gadú se encaixou como uma luva). Vale a pena conferir!


“Meu professor de Biologia disse que 70% do nosso corpo é feito de água. Será que a gente pode se afogar na gente?”

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Brincando de compositora...

Meu negócio é escrever, sempre quis fazer uma música e nunca consegui. Mas outro dia, numa conversa com o Ricardo no MSN, acabei resolvendo escrever alguns versos, que seguem abaixo, espero que gostem... =D

Nessa brincadeira que é viver apostei
e perdi você
Foi tolice, eu sei!
Dei minha cara a tapa, pus à prova nosso amor.
E cá estou, sozinha.
Um dia prometemos um ao outro ser fiel
Viver felizes até que a morte nos separasse.
A morte não separou, mas nossa felicidade morreu.
A ironia desse destino que nos uniu,
foi bem pior ao nos separar.
Mas se eu pudesse te ter ao meu lado,
por uma última vez...
Seria a pessoa mais feliz desse mundo.
Gritaria aos quatro cantos a minha alegria,
faria de cada dia, o dia do nosso amor.
As feridas já cicatrizaram sozinhas,
mas a dor permaneceu viva durante esses anos.
Já chega! Resisti por muito tempo.
O que eu que queria te dizer é que
se eu pudesse te ter ao meu lado,
por uma última vez...
Seria a pessoa mais feliz desse mundo.
Gritaria aos quatro cantos a minha alegria,
faria de cada dia, o dia do nosso amor.
“Enquanto não conseguirmos escolher nossos representantes de forma consciente, e as nossas autoridades não resolverem os nossos problemas, continuarei em posse das minhas armas: um papel, uma caneta e a informação.”

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

De colônia explorada pela corte a país governado por uma mulher

Em mais de quinhentos anos de história o Brasil passou por várias evoluções, mas ainda não conseguiu se desprender dos vários vestígios de uma sociedade preconceituosa. Em 1.500 os colonizadores exploravam os índios e subjugavam a cultura nativa, exploravam e impunham novos hábitos à população. Anos mais tarde os senhores de engenho se utilizavam de outra força de trabalho, desta vez não era mais índios, mas os negros trazidos da África. E a situação do negro não melhorou com a abolição da escravidão em 1888, ele se viu ainda mais deslocado e discriminado no meio social, sendo considerado como uma raça inferior.

Mas um aspecto deve ser ressaltado, no cenário brasileiro a mulher sempre foi vista como um fator secundário, independente da raça ou crença. E se fosse negra, o leque de possibilidades estreitava ainda mais. Mas com o passar do tempo a força feminina aumentou e passou a movimentar a sociedade; aquela que antes se reservava aos afazeres domésticos e ao cuidado com os filhos tornou-se atuante.

Representando mais da metade da população brasileira, elas passaram a ser vistas de fato como cidadãs no ano de 1932, podendo votar; embora esse não fosse um direito pleno. A partir de então, elas puderam participar ativamente da política, e em passos pequenos a sociedade brasileira conquistou grandes avanços. Várias mulheres passaram exercer cargos públicos, ainda que em menor escala que os homens e em algumas situações com salários menores.

O país do futebol, do samba e da miscigenação cultural quebrou um tabu nas eleições deste ano ao eleger a primeira presidente da história, Dilma Rousseff. A então presidente enfrentou várias barreiras, primeiramente por ser mulher em uma sociedade que tem uma cultura machista e preconiza a idéia de que o sexo feminino é menos competente do que o masculino, segundo por ter sido eleita logo na primeira disputa e terceiro por ter a sua proposta de governo voltada para os trabalhadores.

Quem diria, um país que teve sua base fundada em uma cultura preconceituosa e machista, uma antiga colônia que foi explorada por Portugal se tornou um país governado por mulher! Nesse momento questiona-se se uma mulher ocupando a posição máxima no Estado será bem sucedida. Ora desde quando sexo ou qualquer outra questão biológica define a competência de um ser humano? Para aqueles que ainda têm dúvidas eu respondo: a mulher tem sim capacidade de governar e ditar os rumos do país. Seja como esposa, mãe, filha ou presidente; ela tem o seu espaço e irá provar que apesar de todos os preconceitos existe algo maior que é a consciência e esta não possui sexo depende apenas da inteligência e do discernimento.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Algumas palavras...

De vez em quando a vida nos impõe peças, e só com isso conseguimos refletir um pouco mais sobre tudo o que acontece a cada dia. E descobrimos que a vida é muito mais complexa do que uma simples escolha não acertada. Muitas vezes brigamos com Deus pelos rumos tomados, nos revoltamos por uma enfermidade na família, pela perda de um emprego, por uma desilusão amorosa...

Mas nos últimos dias tenho refletido a respeito das ações de Deus em nossas vidas. Nunca fui uma católica muito praticante, mas sempre fui muito espiritualizada, sempre acreditei em Deus e creio que tudo que acontece tem um propósito maior, mais a frente.

Somente quando sentimos a dor na própria pele que passamos a compreender melhor a dor do que nos é alheio, um pai que procura desesperadamente ajuda para realização de um transplante de fígado para uma menina de apenas 13 anos de idade; uma criança que não deseja brinquedo nenhum de Natal, mas apenas uma cesta básica para a família que passa fome. Um idoso que criou um filho com carinho e hoje se vê jogado ao esquecimento de um asilo...

Cenas estas que de tão exploradas pela mídia, já não causam tanto impacto em um político, que assiste ao noticiário, junto com uma mesa farta e a sua família protegida. Mas, que são reais para aquele pobre que sobrevive com um salário mínimo. Não estou querendo usar de demagogia, para tentar convencer multidões de que as enfermidades escolhem classes menos abastadas, muito menos criar generalizações; porque sei que esse tipo de coisa pode acontecer com qualquer um. O que eu quero é expor o que eu sinto, o que eu presencio...

O que somos nessa vida? O que deixaremos de exemplo para os nossos filhos e netos?
De que forma somos solícitos aos nossos semelhantes? Como somos mais humanos? Façam as suas orações... muitas vezes as pessoas só precisam disso.
Obrigada.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Desabafo


Uma cidade que sempre foi reconhecida pelo seu carnaval alegre, seu povo hospitaleiro e sua tranqüilidade, vem ganhando destaque na sociedade por outros motivos, não tão positivos assim.

A São João Nepomuceno pacata de anos atrás, aos poucos se torna cenário de grandes escândalos, em nível político e criminal. A cidade garbosa passou a ser conhecida na mídia por “cidade do castelo” e nas colunas de jornais pelos crimes bárbaros e as rixas entre bairros.

A cidade que eu nasci não é a mesma que vai abrigar os meus filhos, infelizmente. O tráfico e o vandalismo crescem todos os dias. As mesmas ruas que serviram de cenário para as minhas brincadeiras de infância, hoje acolhem o comércio de drogas a céu aberto. A praça do Coronel, ponto de encontro da juventude, ganhou um novo ornamento: uma grade para impedir a ação de vândalos.

São João que saudade eu sinto do tempo que eu podia andar despreocupada pelas suas ruas, dos tempos em que os finais de ano eram tranqüilos, nesse tempo eram os bandidos que ficavam atrás das grades e não os trabalhadores honestos e os monumentos históricos.