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Pisciana de 25 anos, jornalista por formação, psicóloga entre amigos, sãojoanense de nascimento, juiz-forana de alma e montes-clarense por acidente. É atraída por desafios e, por mais que a vida insista em querer provar o contrário, nunca deixou de acreditar que o amor existe.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

De colônia explorada pela corte a país governado por uma mulher

Em mais de quinhentos anos de história o Brasil passou por várias evoluções, mas ainda não conseguiu se desprender dos vários vestígios de uma sociedade preconceituosa. Em 1.500 os colonizadores exploravam os índios e subjugavam a cultura nativa, exploravam e impunham novos hábitos à população. Anos mais tarde os senhores de engenho se utilizavam de outra força de trabalho, desta vez não era mais índios, mas os negros trazidos da África. E a situação do negro não melhorou com a abolição da escravidão em 1888, ele se viu ainda mais deslocado e discriminado no meio social, sendo considerado como uma raça inferior.

Mas um aspecto deve ser ressaltado, no cenário brasileiro a mulher sempre foi vista como um fator secundário, independente da raça ou crença. E se fosse negra, o leque de possibilidades estreitava ainda mais. Mas com o passar do tempo a força feminina aumentou e passou a movimentar a sociedade; aquela que antes se reservava aos afazeres domésticos e ao cuidado com os filhos tornou-se atuante.

Representando mais da metade da população brasileira, elas passaram a ser vistas de fato como cidadãs no ano de 1932, podendo votar; embora esse não fosse um direito pleno. A partir de então, elas puderam participar ativamente da política, e em passos pequenos a sociedade brasileira conquistou grandes avanços. Várias mulheres passaram exercer cargos públicos, ainda que em menor escala que os homens e em algumas situações com salários menores.

O país do futebol, do samba e da miscigenação cultural quebrou um tabu nas eleições deste ano ao eleger a primeira presidente da história, Dilma Rousseff. A então presidente enfrentou várias barreiras, primeiramente por ser mulher em uma sociedade que tem uma cultura machista e preconiza a idéia de que o sexo feminino é menos competente do que o masculino, segundo por ter sido eleita logo na primeira disputa e terceiro por ter a sua proposta de governo voltada para os trabalhadores.

Quem diria, um país que teve sua base fundada em uma cultura preconceituosa e machista, uma antiga colônia que foi explorada por Portugal se tornou um país governado por mulher! Nesse momento questiona-se se uma mulher ocupando a posição máxima no Estado será bem sucedida. Ora desde quando sexo ou qualquer outra questão biológica define a competência de um ser humano? Para aqueles que ainda têm dúvidas eu respondo: a mulher tem sim capacidade de governar e ditar os rumos do país. Seja como esposa, mãe, filha ou presidente; ela tem o seu espaço e irá provar que apesar de todos os preconceitos existe algo maior que é a consciência e esta não possui sexo depende apenas da inteligência e do discernimento.

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