Quando a história não começou e ainda não há envolvimento com os personagens, com a trama, com o contexto no qual ela está inserida, fica mais fácil apagar as linhas escritas e rascunhar outro início, ou até mesmo seguir por outro caminho. Tenta-se assim, esquecer os erros cometidos na primeira tentativa, e aos poucos o escritor dá forma àquilo que estava sem vida, sem sentido.
O problema é quando a história se inicia com um tema bonito, harmonioso, mas perde a leveza no decorrer do tempo. As palavras já não são usadas com as mesmas intenções, mas ainda assim continuam a serem escritas ou ditas. Quando o texto cai no lugar comum, no mesmo; quando não há variações, o leitor clama para o final chegar logo. Uns persistem, pois a curiosidade é maior. Cresce a vontade de “ver no que vai dar” e acreditam que o início foi bonito e deve haver alguma explicação para tudo ter desandado. Outros simplesmente desistem.
Imagino a minha vida como um texto, ou meu texto como uma vida(como quiserem), que precisa de revisões. Preciso cortar a repetição de palavras, a repetição de gestos, de promessas não cumpridas. Nem sempre o final vai ser o mais belo, mas talvez, o ideal em cada circunstância. E quando esse texto não rende, não vai para frente, ele pode ter final em si mesmo. Mas não se iluda. Muitas vezes pode ser mais difícil colocar um fim no que já está acabado.
"...imagino a vida como um texto...", palavras escritas e faladas, são como passos (se me permite dizer), a decisão é só sua, se caminha para frente (saberás as consequências!), mas se voltar, ah..! ai perderá todas as CONSEQUÊNCIAS!E nesse momento, basta uma palavra, ou um passo, como desejar!!!!
ResponderExcluirGlória Baltazar
Lindo texto, Darlene. Você brincou, usou e abusou das palavras e das várias metáforas que podemos dar a elas. Parabéns!!! Eu sei quanto é bom ter um blog para dividir nossos pensamentos e, principalmente, pessoas que o leiam e compartilhe das mesmas ideias! Bjão
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