Como diz o ditado popular, “a propaganda é a alma do negócio”, e é isso que podemos comprovar em época de eleição. Assim como um sabão que vende a ideia de uma brancura mais eficiente, vemos candidatos que tentam convencer uma população inteira de que são os mais capacitados a exercerem os cargos públicos. A cada dois anos, a história se repete, a disputa pelo poder, as mesmas promessas, as mesmas campanhas de conscientização do eleitorado e uma única certeza: tudo vai continuar exatamente igual.
O país torna-se um grande espaço publicitário e o povo assume o papel de consumidor que muitas vezes não é exigente quanto aos critérios de qualidade. Em uma grande vitrine, encontram-se eles: os candidatos, assumindo suas melhores formas, seus sorrisos mais simpáticos e com os slogans mais variados, alguns criativos, outros dignos de pena! O cenário urbano recebe vários rostos sorridentes identificados por números, em sua ornamentação. Várias embalagens, vários produtos.
Mas nem sempre a embalagem mais bonita, guarda o melhor conteúdo. O que é bonito por fora pode estar podre por dentro, e é justamente isso que falta para o povo brasileiro entender. Enquanto os que trabalham e ganham a vida honestamente são rejeitados do convívio social e facilmente sofrem preconceitos, os “ladrões” bem vestidos têm lugar cativo na casa das famílias brasileiras.
A política concebe produtos, com defeito de fábrica: uma mentirinha aqui, alguns desvios do dinheiro do povo ali, um castelo lá... E por aí vai, aos poucos esses produtos dominam os Estados, que são como grandes prateleiras desse grande mercado chamado Brasil, e quando se vê já não há mais espanto ou repulsa. Mas ao contrário da brancura vendida pelo sabão, vemos a sujeira e a corrupção dos filhos dessa pátria.
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